Médica condenada por cortar pênis de noivo

Fonte: R7 de Minas Gerais, em 02/04

Myriam Castro, presa por contratar dois homens para cortar o pênis do noivo que rompeu a relação três dias antes do casamento, aguarda presa na Penitenciária Estevão Pinto, em BH, um novo julgamento. Os recursos do processo já se esgotaram, mas uma nova prova apresentada pelo homem que executou o crime pode inocentá-la, acredita a defesa. O homem teve o pênis decepado em 18 de março de 2002, a médica, o pai e o executor foram condenados a seis anos de prisão em 2009 e a sentença foi confirmada em 2010. Somente na terça-feira (1º de Abril) a mulher foi presa, ao sair para o trabalho.

Segundo o advogado Marcelo Cerqueira Chaves, o homem que cortou o pênis da vítima com uma faca, Flavio Natal de Araújo, registrou em cartório em setembro de 2013 que um ex-namorado de Myriam teria ordenado o crime. O irmão da vítima, que presenciou a agressão, afirma que Natal disse: "o patrão e a patroa estão bravos, você brincou com a pessoa errada". O advogado explica porque o acusado, que está preso, decidiu contar a versão só 10 anos após o crime.

— Ele achou que não daria em nada. Só resolveu contar a verdade agora porque viu que seria preso, com o fim dos recursos. No dia, apontou a Myriam e o pai como autores porque tinha medo de quem o contratou, e agora disse que foi um homem que teve um relacionamento com ela. Vamos tentar a revisão criminal. Se o recurso não for provido, pediremos o cumprimento da prisão no regime semiaberto.

Obrigado a assistir a mutilação

Segundo o processo, o casal se conheceu em 1998 e a vítima chegou a terminar porque achava a médica bastante "possessiva e ciumenta". Em uma das crises, a mãe de Myriam o teria procurado para voltar, dizendo que ela estava sofrendo e havia emagrecido de tristeza. Ele decidiu voltar e terminar quando ela estivesse recuperada, mas em seguida a médica marcou o casamento. O companheiro terminou o relacionamento a apenas três dias da cerimônia, em Juiz de Fora, o que revoltou a companheira. Diversas mensagens comprovaram ameaças que ela enviou. Antes de decepá-lo, ela teria incendiado a casa do ex-sogro e o carro do companheiro.

No dia 18 de março de 2002, Flavio Natal e outro homem se passaram por funcionários da companhia telefônica para invadir a casa do ex-noivo. Ele e o irmão foram amarrados e obrigados a inalar éter para desmaiar. Quando acordaram, foram obrigados a assistir a retirada do pênis. Natal não se preocupou em cobrir o rosto e ainda apontou que agia a mando de Myriam Castro e do pai dela, Walter Ferreira de Castro, 76 anos, que cumpre a pena em regime domiciliar. No recurso, a defesa pedia para reduzir a pena porque não ficou configurada a "perda da função reprodutora", já que o homem ainda poderia fazer tratamento para ter filhos. A alegação foi rejeitada.

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