Movimentos Sociais


"Enquanto a humanidade não resolver seus problemas básicos de desigualdades sociais, opressão e exclusão, haverá lutas, haverá movimentos” afirma Maria da Glória Gohn, socióloga e pesquisadora.

Em seu livro Teoria dos Movimentos Sociais, citando Gamson, ensina que três componentes mobilizam pessoas: injustiça, identidade e agenciamento.

A injustiça refere-se à indignação moral expressa em forma de consciência política; o de identidade, ao processo de definição do “nós” em oposição ao “eles”; e o de agenciamento, ao processo de conscientização de que é possível alterar as condições ou as políticas por meio da ação coletiva.

As oportunidades políticas são aproveitadas pelos movimentos, entretanto, não são criadas por eles

Segundo Stuart Hall, no livro A identidade Cultural da Pós-modernidade, fruto de uma interdependência global, as identidades modernas estão sendo fragmentadas: “dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas.”

Pertinente destacar o papel da mídia frente aos movimentos sociais uma vez que podem desencorajá-los ou estimulá-los dependendo do enfoque que é passado.

As oportunidades políticas são aproveitadas pelos movimentos, entretanto, não são criadas por eles, estes poderão ser coadjuvantes de um processo de mudança social, mas nunca atores principais, porque dependem do apoio da população.

Há muitas posições e pensamentos sobre o assunto, entretanto, existe um consenso entre os teóricos: os movimentos sociais sinalizam que algo não vai bem. 

A manifestação de apoio a um movimento é uma escolha pessoal, portanto, saber quem são os “tutores” ou organizadores bem como quais as reinvindicações de uma coletiva que afeta o cotidiano de toda a sociedade é fundamental.

Após 21 anos de ditadura militar, o Brasil se constitui em um Estado democrático de direito tendo como fundamentos, dentre outros: a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Foram necessários mais 3 anos de espera para a promulgação da Constituição Federal de 1988 que garantiu a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Ocorre, porém, que os direitos de liberdade só podem ser assegurados garantindo-se a cada um o mínimo de bem-estar econômico que permite uma vida digna.

A sociedade não pode abrir mão dessas conquistas, é preciso que ela exija o cumprimento da Constituição Federal e a defenda sempre! 


TÂNIA REGINA DE MATOS é Defensora Pública em Várzea Grande

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