A floresta escura


Você consegue explorar as maneiras pelas quais pode crescer e evoluir? Consegue fazer isso de modo a se tornar completamente você mesmo quando os papéis tradicionais da idade adulta não etiverem mais plenamente funcionando?

Psyche forma as palavras psicologia, psiquiatria, psicoterapia - é o termo grego para alma. O self está a serviço da alma.

Chega um momento na vida em que as pessoas não sabem quem são fora de sua vida profissional, pois, são empurradas para dentro de si. Experimentam uma insurgência da alma, um surto do self de compreensão do ego e do mundo. Um convite exigente para viver com mais consciência a segunda metade da vida. Essas pessoas foram empurradas de um ambiente familiar para uma floresta escura. 

De que forma podemos crescer a partir de tais encontros desagradáveis com a escuridão? O sofrimento nos faz crescer e nos torna mais humanos. Do sofrimento nos virá a sabedoria. A metáfora do self  busca aquele estado de ser que é o propósito aparente de nossa encarnação em primeiro lugar. Quando vivemos sem significado, sofremos da maior de todas as doenças.

Alma é termo usado para declarar aquele relacionamento intuitivo mais profundo que temos conosco, de nossos primeiros momentos de reflexão até o presente. Alma é o sentimento intuído de nossa profundidade, nossa energia mais profundamente dirigida, cheio de propósitos, nosso anseio por significado e nossa participação em algo muito maior do que pode compreender a consciência comum. Alma é o que nos torna mais profundamente humanos e nos impulsiona de forma incessante em direção a mais consciência. 

Uma vida que sufoca o significado traumatiza a alma. Cada um de nós tem profunda necessidade de sentir-se apoiado pela própria alma, sentir que participa de uma história divinamente gerada. Jung escreveu em suas memórias: “A falta de significado inibe a plenitude da vida e é, portanto, equivalente a uma doença. O significado torna muitas coisas toleráveis – talvez todas.” O autor observa que se pode caminhar mais com o outro que sozinho. Somente as escolas de pensamento que buscam manter uma conversa mais profunda entre a vida consciente e a inconsciente, exigem que o profissional se submeta à terapia.

Hoje, a maioria dos terapeutas é behaviorista, corrente da psicoterapia que busca modificar comportamentos não produtivos substituindo-os por estratégias mais efetivas. O Behaviorismo estuda o comportamento de forma direta, com base no ambiente e no condicionamento em que vive o indivíduo ou animal. É baseado através de observação e experimentação. Essa abordagem defende que o comportamento pode ser previsível e controlado a partir de estímulos. O segundo maior grupo pratica alguma forma de terapia cognitiva, que identifica as más ideias adquiridas ao longo da vida e que reflexivamente nos criam escolhas autodestrutivas, buscando substituía-las por ideias mais efetivas. Grupo de 12 passos é exemplo da terapia cognitiva comportamental.

A cena terapêutica é dominada cada vez mais pela psicofarmacologia, embora ajude a diminuir sintomas dolorosos, algumas vezes pode desviar ou sabotar o encontro com a alma.

A segunda metade da vida apresenta uma rica possibilidade de crescimento espiritual porque nunca teremos poderes maiores de escolha e visão interior acerca do que funciona ou não para nós e da importância de trazer nossa vida de volta.

Tudo que está escrito é do livo Encontrando significado na segunda metade da vida, de James Hollis.

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