MANIFESTO POR MINHA VIDA, POR VOCÊ! QUERO SEGURANÇA.
É incrível como algumas pessoas
tem o dom de superar sua dor com resignação e ainda transformar sua tristeza em
energia positiva!
Conheci Diego Souza, viúvo de Ana
Cláudia Alves da Silva, uma contadora de 27 anos, grávida, morta dentro de um
mercado, após reação de um agente da lei a uma tentativa de assalto segundo
investigações da polícia civil.
Esse rapaz é um dos organizadores
do ato público “Chega de Violência” que acontece nesta quarta feira, dia 12, na
Praça da Todimo, às 17 horas. No seu olhar paira um misto de desapontamento e
esperança e do seu íntimo fluem sentimentos de indignação e amor, sim amor!
Porque só uma pessoa com muito amor no coração é capaz de pensar, num momento
de intenso sofrimento próprio, em outras que ainda podem vir a ser vítimas de
violência dessa natureza.
Amigos, conhecidos e empresários
compadecidos pela sua aflição resolveram se unir em torno de uma causa: somar
forças para melhorar a segurança pública da Cidade Industrial. Esse grupo, além
de pagar os impostos de praxe, está disposto a colocar a mão no bolso para, por
exemplo, arrumar as motos da Polícia Militar que estão em desuso por defeito
mecânico. Por óbvio, irão cobrar medidas eficazes da Câmara e da Prefeitura, em
áreas que são da competência destes entes.
Nos primeiros dez dias do mês de
Novembro, foram 13 assassinatos no município, e oito na capital. Contabiliza-se,
portanto, mais de um homicídio por dia em Várzea Grande. E as previsões para o
próximo ano não são boas, pois, em 2014 não foi aberto concurso público para a
Polícia Militar. O resultado do concurso aberto em Novembro de 2013, foi
divulgado e homologado no final do mês de agosto deste ano para preencher 1200
vagas, o que só supre um déficit de profissionais que estão se aposentando ou
se demitindo nos últimos quatro anos. Como os policiais precisam passar por um
curso de formação, não se tem conhecimento de quando tomarão posse.
Com a troca do comandante
regional e militância dos presidentes municipais dos Conselhos de Segurança verifica-se
uma melhora sensível na presença da Polícia nas ruas: blitz, viaturas estacionadas em lugares estratégicos, reuniões com
moradores de bairros mais atingidos pelo índice de violência e até o retorno na
Força Tática, que havia saído de Várzea Grande temporariamente para atender a
segurança em Cuiabá durante os jogos da Copa. Mas a população ainda não se
sente segurança, e esta, precisa fazer sua parte: denunciar, comparecer em
audiência para testemunhar crimes de que tenha conhecimento e cumprir com suas
obrigações de cidadão.
Segurança Pública não se limita à
polícia ostensiva, mas principalmente a uma boa gestão do município: iluminação
pública, pavimentação e conservação de ruas (os buracos favorecem os assaltos),
limpeza dos terrenos públicos e privados (implantação efetiva do IPTU
progressivo fazendo cumprir a lei) e é claro: regularização de doações de
terrenos para a construção de companhias de polícia e outros serviços que
fortaleçam a rede de segurança pública.
Os integrantes do movimento não
pretendem promover um único ato, mas tornarem fiscais daqueles que recebem
dinheiro público para representar a população. Vamos Agir Várzea Grande!!!
Tânia Regina de Matos, Defensora
Pública do Estado e atua em Várzea Grande
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