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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Calibã e a Bruxa

Um livro de Silvia Federici, filósofa, vale a pena ser lido. Foi lançado nos EUA em 2004 e aqui no Brasil, só em 2016.  O nome da obra faz referência à peça Tempestade, de William Shakespeare que conta a história de Próspero que é pai de Miranda. Ambos vivem numa ilha por terem sido levados para lá à força num ato de traição política. Próspero é mostrado na peça como um mágico racional. Sycorax era uma bruxa, outra personagem que por sua vez é descrita como destrutiva. Ela tinha aprisionado Ariel. Próspero , ao libertá-lo de Sycorax, ganhou a sua lealdade. Calibã era filho de Sycorax, herdeiro da ilha, mas tornara-se serviçal de Próspero. Calibã é descrito na obra com uma aparência disforme. É uma história de dor e de reconciliação. O livro conta que a Caça às Bruxas foi uma técnica de controle social. A discriminação contra as mulheres foi um legado do capitalismo. É um contraponto à Teoria Marxista (ortodoxa) que atribui a subordinação das mulheres a exclusão da produção socialmente

O enfoque psicológico

Freud considerou as disfunções da mente como problemas de natureza psíquica, muito mais que orgânica. Via o ser humano em crise como um joguete de profundas emoções em conflito. As mazelas orgânicas eram reflexos, eram efeito e não causa, consequências se não fator gerador dos desarranjos. Carl Jung embora timidamente e com muitas ressalvas, admitiu o exame de alternativas como a sobrevivência e a reencarnação. Do livro A Memória e o Tempo, Hermínio C. Miranda

Cambiar no és fácil

Resumi parte de um texto de  Ladislau Dowbor:  Cambiar no és fácil: Luciano Junqueira, e digo que se mudar não é fácil, resumir também não é. Principalmente um texto muito rico em que você concorda com cada palavra.   "Em seu estudo, Luciano Junqueira traz uma filosofia do desenvolvimento que ultrapassa amplamente as visões estreitas do crescimento do produto interno bruto PIB, do chamado dinamismo econômico, e empreendedorismo e semelhantes. Trata se de pensar bem-estar das famílias, não como receptoras passivas de boas políticas, mas como protagonistas sujeitos das transformações sociais. A sociedade somos nós. O município é o espaço onde a atuação do estado ganha em concretude e se encontra com o cidadão. Não basta que as políticas respondam às nossas necessidades. É vital para nós o sentimento de sermos em boa parte donos dos nossos destinos, construtores do bem estar das nossas comunidades. Os beneficiários das políticas sociais se transformam em sujeitos dessas políticas

Previsão ou dedução?

Tem um trecho da Carta de Barcelona que fala sobre o que está acontecendo hoje. A invasão do Capitólio, foi só um exemplo... Será que foi previsão ou dedução? "Perante as preocupações ou os medos emergentes, os slogans simplistas e a procura sectária de culpados podem seduzir uma parte da população, podendo descambar em radicalizações e confrontos violentos. Neste contexto, os municípios de todos os países, desde a sua dimensão local, deverão agir como plataformas de experimentação e consolidação de uma plena cidadania democrática, como promotores de uma convivência pacífica através da formação em valores éticos e cívicos, do respeito pela pluralidade das várias formas possíveis de governo democrático e da promoção de mecanismos representativos e participativos de qualidade. A educação em valores e direitos humanos é mais urgente do que nunca, para dar sentido, incentivar, traçar um rumo democrático e promover uma convivência serena. A diversidade é inerente à vida e, obviamente