Calibã e a Bruxa

Um livro de Silvia Federici, filósofa, vale a pena ser lido. Foi lançado nos EUA em 2004 e aqui no Brasil, só em 2016. 

O nome da obra faz referência à peça Tempestade, de William Shakespeare que conta a história de Próspero que é pai de Miranda. Ambos vivem numa ilha por terem sido levados para lá à força num ato de traição política. Próspero é mostrado na peça como um mágico racional. Sycorax era uma bruxa, outra personagem que por sua vez é descrita como destrutiva. Ela tinha aprisionado Ariel. Próspero, ao libertá-lo de Sycorax, ganhou a sua lealdade. Calibã era filho de Sycorax, herdeiro da ilha, mas tornara-se serviçal de Próspero. Calibã é descrito na obra com uma aparência disforme. É uma história de dor e de reconciliação.

O livro conta que a Caça às Bruxas foi uma técnica de controle social. A discriminação contra as mulheres foi um legado do capitalismo. É um contraponto à Teoria Marxista (ortodoxa) que atribui a subordinação das mulheres a exclusão da produção socialmente necessária. A obra, ao contrário, sustenta que a subordinação advém da falta de remuneração do trabalho doméstico, ou seja, a dominação dos homens é baseada no poder do salário conferido aos homens. 

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