Cinco sentidos
Esta eu escrevi em 1988, mas só agora estou mostrando porque recebi um comentário de um lusitano indagando sobre o mato de Mato Grosso, acabei associando com estes versos:

No ápice da estrada inclinada,
entre altos e baixos,
rios e riachos,
vejo Chapada.
Oitenta quilômetros por hora,
seguindo a sincronia das curvas
encontro a primeira cachoeira.
Vejo águas que outrora não eram turvas,
vejo verde que outrora não era mato.
O povo está perdendo o tato,
talvez o olfato.
Teto azulado e piso esverdeado.
Sólido paredão.
Me perguntam aonde?
Perderam também a visão.
Já não escutam mais os pássaros,
faltam-lhes a audição.
O que lhes restam é a gustação,
comem e bebem sem se preocuparem
com o feito que provocam: a poluição.
Em meio a tantos pedidos de preservação,
belos apelos,
leis, artigos e incisos...
Há quem leve tudo isso em consideração?
Se há, porque tanta depredação?
Do Oiapoque ao Chuí,
existe muitos impactos ambientais,
mas foram criados em todo o País
parques Nacionais.
Onde está garantia de quem é dono?
Foi esquecida pelo abandono?
Que fim levará as próximas gerações?
Caso continue o abuso frenético
do patrimônio genético...
restarão as recordações:
fotos, livros e canções.
No ápice da estrada inclinada,
entre altos e baixos,
rios e riachos,
vejo Chapada.
Oitenta quilômetros por hora,
seguindo a sincronia das curvas
encontro a primeira cachoeira.
Vejo águas que outrora não eram turvas,
vejo verde que outrora não era mato.
O povo está perdendo o tato,
talvez o olfato.
Teto azulado e piso esverdeado.
Sólido paredão.
Me perguntam aonde?
Perderam também a visão.
Já não escutam mais os pássaros,
faltam-lhes a audição.
O que lhes restam é a gustação,
comem e bebem sem se preocuparem
com o feito que provocam: a poluição.
Em meio a tantos pedidos de preservação,
belos apelos,
leis, artigos e incisos...
Há quem leve tudo isso em consideração?
Se há, porque tanta depredação?
Do Oiapoque ao Chuí,
existe muitos impactos ambientais,
mas foram criados em todo o País
parques Nacionais.
Onde está garantia de quem é dono?
Foi esquecida pelo abandono?
Que fim levará as próximas gerações?
Caso continue o abuso frenético
do patrimônio genético...
restarão as recordações:
fotos, livros e canções.
Comentários
Sobre sua postagem adorei, não conhecia esse seu lado poetico.
Parabéns!!!!