Porque a Lei Maria da Penha foi sancionada?

Vira e mexe temos que ficar justificando a edição e defendendo a aplicação da Lei Maria da Penha.
Invariavelmente volta à tona a discussão de sua inconstitucionalidade.
Retirei do livro Direitos Humanos das Mulheres, de autoria de Amini Haddad Campos e Lindinalva Rodrigues Corrêa, pág.16 e 17, Editora Juruá, alguns dados estatísticos colhidos pela Anistia Internacional e Organização Mundial de Saúde que foram divulgados em 05.03.2004. Portanto, os números abaixo podem ter diminuído ou aumentado:
A violência doméstica é a principal causa de lesões em mulheres entre 15 e 44 anos;
20% das mulheres do mundo foram vítimas de abuso sexual na infância;
69% das mulheres do mundo já foram agredidas ou violadas;
Nos países em desenvolvimento, as carências em saúde reprodutiva fazem que a cada 48 partos uma mãe morra;
As mulheres cumprem carga horária 13% superior à cumprida pelos homens e recebem, em, média, 25% menos;
Dois terços dos analfabetos do mundo são do sexo feminino, e 80% dos refugiados são mulheres e crianças;
Mulheres africanas têm 175 vezes mais chances de morrerem durante o parto do que as mulheres dos países desenvolvidos, segundo relatório de três agências da ONU – outubro de 2003.
Apesar de toda a dificuldade nos ciclos da vida, a mulher é tida como sexo frágil, no entanto, no Brasil, por exemplo, a expectativa de vida dos homens é de 65,1% anos e das mulheres de 72,9;
Nos Estados Unidos, uma mulher é espancada por seu marido ou parceiro a cada 15 segundos em média, enquanto uma é estuprada a cada 90 segundos;
Na Inglaterra, duas mulheres por semana são mortas por seus parceiros;
Na França, 25 mil mulheres são violentadas a cada ano. De acordo com a Anistia, o numero de vítimas reais de abuso deve ser muito maior, devido ao estigma que inibe denúncias;
Todos os anos, dois milhões de meninas entre 5 e 15 anos são obrigadas a se prostituir. O tráfico de mulheres movimenta atualmente US$ 7 bilhões por ano, segundo a Anistia;
Cerca de 70% dos assassinatos de mulheres são praticados por seus parceiros masculinos;
Na Zâmbia, cinco mulheres são assassinadas por semana por seus parceiros ou por algum amigo da família;
No Egito, 35% das mulheres declararam ter apanhado do marido;
No Paquistão, 42% das mulheres aceitam a violência como parte de seu destino.
E aí? Depois de analisar todos esses números você ainda acha que as mulheres não merecem uma lei específica para tratar da violência doméstica?
Comentários
Infelizmente a sociedade parece não ter limites, a única coisa que faz parar alguns abusadores é a lei e a certeza da sua aplicação.
Beijos
concordo em genero e grau.
bjs
As mulheres precisam de abrigos, recolocação no mercado de trabalho, qualificação para poderem trabalhar e principalmente,ajudas morais e sociais (psicológica e financeira), para poderem se libertar de verdade da realidade que as perseguem.