PORQUE EU SOU ATIVISTA DA AMAMENTAÇÃO?
Gente são tantos os motivos, um deles é porque eu mesma apesar de enorme esforço quando tive meu filho, não consegui alimentá-lo de forma exclusiva com o leite materno. E não foi falta de tentar. Fui muito insistente.
Quando estava perto de completar um mês, o meu filho continuava com praticamente o mesmo peso de quando havia nascido. Então, o pediatra me deu o últimato: ou entra com a mamadeira ou seu filho vai ficar subnutrido. Diante disso e depois de ter tentado canjica, alfafa, plasil e um cem número de simpatias... fui vencida pelo médico.
A explicação foi de que eu havia feito uma cirurgia uns três anos antes do nascimento do meu filho nas duas mamas para retirar um fibradenoma, intervenção que pode ter afetado a produção de leite.
Numa das aulas de especialização em psicnálise que fiz, ouvi um professor dizer que o primeiro prazer que a criança sente na vida é a sucção do seio da mãe. Como eu poderia negar isso ao meu bebê? Não me abstive de oferecer o seio, mesmo sabendo que seria insuficiente para nutri-lo. Ele continuou sugando até completar o terceiro mês.
Pode até ter gente que pense de forma contrária, mas acho que o contato físico com a criança é o primeiro passo para estabelecer intimidade com ela. É claro que este vínculo começa no útero, mas muitas mães, em razão do trabalho, acabam pulando essa etapa. Ao sair da maternidade entregam o infante nas mãos da babá delegando a esta praticamente todos os cuidados, inclusive, a alimentação. Que pena!
Mas as coisas estão mudando...
Nem mesmo os pais estão abrindo mão de cuidar dos filhos. Recentemente um pai conseguiu na Justiça direito de licença-paternidade de 120 dias... mesmo não amamentando rsrsrs
O fato aconteceu em Campinas e é inédito até o momento, pois, foi a primeira vez que um pai sem ser viúvo ou adotivo conseguiu o benefício.
Marcos Antônio Mendonça de 36 anos, conseguiu a guarda do filho uma semana após o nascimento porque a mãe não queria cuidar da criança.
Segundo a defensora pública que acompanhou o caso, Fernanda Zanetti, Melo levou o bebê com ele até mesmo quando foi procurar auxílio na Defensoria Pública da União. "A situação era rara, mas era claro o empenho dele em cuidar do filho e a necessidade urgente de conceder o auxílio", disse.
O juiz federal Rafael Andrade Margalho concedeu a liminar para o
pagamento do salário paternidade pelo INSS por 120 dias, que podem ser
prorrogados por mais 60. Segundo ele, foram considerados precedentes de
casos de adoção, em que outros pais conseguiram o direito.
Comentários
Admiro muito você e imagino que vc deve ter lutado muito!! Vc é um exemplo! Parabéns pelo artigo! Beijos