O que o sonho quer te dizer?



E
m a Memória e o Tempo, Hermínio C. Miranda faz uma análise à luz dos escritos de Freud. Segundo Herminínio Freud propôs a doutrina de que os sonhos eram cientificamente interpretáveis. Sua teoria de que o sonho é mensagem do inconsciente é válida.

É preciso reconhecer a validade incontestável da identificação de duas áreas do psiquismo humano: o consciente e o inconsciente. O consciente é um instrumento através do qual criticamos o nosso próprio procedimento e manipulamos os recursos que contribuem para a nossa adaptação ao meio em que vivemos. Os eventos da nossa vida não são uma narrativa verbal numa fita magnética, são um vídeo teipe multidimensional que captou não apenas o diálogo, mas cenas inteiras das quais participamos ou que presenciamos. Quando algum material desse emerge no sonho, é compreensível que se apresente sob aspectos que nos parece tão incongruente. E esta é apenas uma fração diminuta de todo o acervo que trazemos nos arquivos da memória integral, onde se depositam lembranças de muitas existências. Ainda pouco não ouvíamos Freud dizer que tudo aquilo de que nosso psiquismo se apossou é para sempre? Só faltou, estender esse conceito às existências pregressas, para as quais ele continua integralmente válido. A consciência emigra do corpo físico para o corpo perispiritual durante o processo de desdobramento.

Nesse estado de relativa liberdade, o espírito se desloca no tempo e no espaço, visita locais, encontram-se com outros seres, aprende, vive, enfim uma porção importante de sua vida que é contínua.

O sonho não deve, ser interpretado como um recado do inconsciente ou como satisfação de um desejo. Pode não ser nem uma coisa nem outra. É o caso do sonho profético, aquele que antecipa eventos que depois se realizam com precisão assombrosa.

Os conceitos básicos de Freud continuam válidos: utilidade de dormir-se pelo menos uma noite sobre um problema particularmente difícil, antes da decisão final. O sonho é sempre significativo ainda que não consigamos de pronto, saber como precisam o que ele quer dizer, sendo válido a teoria de que o sonho protege o sono.

No livro Encontrando significado na Segunda Metade da Vida, James Hollis, sobre o ato diário de sonhar ensina que não convocamos conscientemente os sonhos. As imagens que chegam a cada noite não são a divindade, embora os deuses visitantes tenham coberto essas imagens com sua energia. É através dessas imagens que fazemos a ponte com deuses. Segundo o autor as imagens oníricas são uma dávida da alma. Quem somos nós para rejeitá-las, para tratá-las casualmente, em vez de prestar cuidadosa atenção ao que a alma está tentando nos dizer?

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